segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Rosas, rosas, rosas


Fotos de manifestação contra a violência organizada pela ong “Rio de Paz”

É aquela “velha história”, todos temos que fazer alguma coisa, em casa, nas escolas, nas ruas. Quem já teve sua vida invadida pela dor e perda de algum ente querido sabe o sentido do movimento organizado pela ong “Rio de Paz”.
Quanto a nós que temos sido poupados, temos que participar em solidariedade àqueles que sofrem e também para clamar por dias melhores...afinal, ninguém está livre e isento de nada em meio ao caos que temos vivido.
Hoje o maior problema do Brasil é a violência. Afinal, a desigualdade social sustenta a violência. E não adianta dizer que este é um problema do governo! É nosso o problema, somos nós que elegemos quem se alia aos morros, somos nós que não fazemos nada quando as coisas andam errado e somos nós que desistimos e nos isentamos de tudo e ainda saímos por aí dizendo que não vamos mais votar em ninguém. Como se isso fosse resolver alguma coisa...
É claro que o Poder Público tem se mostrado incapaz de enfrentar esta situação. Já é fato a conivência e cumplicidade de alguns grupos da Polícia e até de membros do Legislativo e Judiciário. A corrupção está intimamente ligada à violência no âmago da sociedade. Mas esta é uma história antiga! A violência sempre fez parte da constituição do Brasil, e isso desde a ocupação européia, na época dos índios, pela escravidão. Mas ultimamente vivemos um Brasil, sem guerra civil explícita, porém, com uma situação de criminalidade sinistra de assaltos, roubos, assassinatos, seqüestros e tráfico de drogas e armas e isso vem se acelerando nas últimas décadas.
Sexta-feira depois das 22h, aqui bem pertinho de minha casa, no morro Dona Marta, em Botafogo, teve uma queima de fogos mega, durando mais de 5 minutos, digna de alguma comemoração. E a gente sabe o que significa esse espetáculo de queima de fogos nos morros cariocas...
O certo é que a dimensão ética, moral e de valores tem sido banalizada em nossa sociedade. Antes tínhamos respeito pelo outro, não é o que temos visto, banalizou-se tudo, é só abrirmos o jornal e nos deparamos com notícias de crueldade contra mulheres, idosos, crianças, pessoas doentes etc. Nem a família, a escola e a religião têm sido capazes de resistir a esta deteriorização de valores.
Só através do exercício de consolidação de nossa cidadania vamos poder ter de volta a ordem. Perdemos muito desde os tempos de ditadura com todas as invasões, agressões e tortura. Quase perdemos a esperança. E para tal ação só governos democráticos junto a sociedade civil poderão realizar mudanças eficazes: de luta, coragem, sem recuos; mobilizando a nação pelo estabelecimento de políticas públicas que consolidem uma cultura de paz.







2 comentários:

Francisco Sobreira disse...

Que bom e estimulante ver você sempre lúcida, crítica e batalhadora em prol de um país melhor do que este em que vivemos. Beijos.

railer disse...

concordo contigo. infelizmente muita gente só vai se juntar a alguma causa quando passa a fazer parte do grupo que a representa.
e como você mesma disse, ninguém está livre de nada e muita gente se omite.
seria legal se cada um se perguntasse o que tem feito para melhorar, nem que seja um pouquinho, a situação do lugar onde vive. é preciso dar o primeiro passo.