quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Índia


Amigos da blogosfera,
este é meu último post de 2007.
É que amanhã estarei indo realizar um sonho antigo:
vou conhecer a Índia!!
Meu post de 2008 será Indiano com os cheiros e cores do povo daquelas terras distantes. Vou postar de lá...aguardem!!
Feliz 2008 de paz, prosperidade, luz e amor para todos nós...
Beijo e carinho, Lili

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Peter Menzel






O fotógrafo californiano Peter Menzel, documentou em suas fotos, famílias em frente de suas casas com todos os objetos que possuem, do automóvel até as coisas menores.
Menzel fez isso em Cuba, Espanha, Tóquio, Los Angeles e numa cidade do Butão, na África. O que fica claro é a diferença na quantidade e na necessidade de consumo - o que comprova que o consumo, o desejo de possuir algo, é cultural - Algumas famílias chegam a possuir mais de dez mil itens e objetos, enquanto outras apenas 70, 80 itens.
Não é nenhuma má idéia pensarmos, ou (re) pensarmos, como anda o nosso desejo de possuir/consumir as coisas... é bem verdade que já estamos com bastante problemas com o lixo que já tem no planeta.













Mania de grandeza

O autor da Charge, feita originalmente para o JORNAL DE NATAL (RN),
chama-se Amâncio.

Fonte: http://www.chargeonline.com.br/index.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Rosas, rosas, rosas


Fotos de manifestação contra a violência organizada pela ong “Rio de Paz”

É aquela “velha história”, todos temos que fazer alguma coisa, em casa, nas escolas, nas ruas. Quem já teve sua vida invadida pela dor e perda de algum ente querido sabe o sentido do movimento organizado pela ong “Rio de Paz”.
Quanto a nós que temos sido poupados, temos que participar em solidariedade àqueles que sofrem e também para clamar por dias melhores...afinal, ninguém está livre e isento de nada em meio ao caos que temos vivido.
Hoje o maior problema do Brasil é a violência. Afinal, a desigualdade social sustenta a violência. E não adianta dizer que este é um problema do governo! É nosso o problema, somos nós que elegemos quem se alia aos morros, somos nós que não fazemos nada quando as coisas andam errado e somos nós que desistimos e nos isentamos de tudo e ainda saímos por aí dizendo que não vamos mais votar em ninguém. Como se isso fosse resolver alguma coisa...
É claro que o Poder Público tem se mostrado incapaz de enfrentar esta situação. Já é fato a conivência e cumplicidade de alguns grupos da Polícia e até de membros do Legislativo e Judiciário. A corrupção está intimamente ligada à violência no âmago da sociedade. Mas esta é uma história antiga! A violência sempre fez parte da constituição do Brasil, e isso desde a ocupação européia, na época dos índios, pela escravidão. Mas ultimamente vivemos um Brasil, sem guerra civil explícita, porém, com uma situação de criminalidade sinistra de assaltos, roubos, assassinatos, seqüestros e tráfico de drogas e armas e isso vem se acelerando nas últimas décadas.
Sexta-feira depois das 22h, aqui bem pertinho de minha casa, no morro Dona Marta, em Botafogo, teve uma queima de fogos mega, durando mais de 5 minutos, digna de alguma comemoração. E a gente sabe o que significa esse espetáculo de queima de fogos nos morros cariocas...
O certo é que a dimensão ética, moral e de valores tem sido banalizada em nossa sociedade. Antes tínhamos respeito pelo outro, não é o que temos visto, banalizou-se tudo, é só abrirmos o jornal e nos deparamos com notícias de crueldade contra mulheres, idosos, crianças, pessoas doentes etc. Nem a família, a escola e a religião têm sido capazes de resistir a esta deteriorização de valores.
Só através do exercício de consolidação de nossa cidadania vamos poder ter de volta a ordem. Perdemos muito desde os tempos de ditadura com todas as invasões, agressões e tortura. Quase perdemos a esperança. E para tal ação só governos democráticos junto a sociedade civil poderão realizar mudanças eficazes: de luta, coragem, sem recuos; mobilizando a nação pelo estabelecimento de políticas públicas que consolidem uma cultura de paz.







segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Vera Silvia Magalhaes


Vera Silvia Magalhaes com Cid Benjamin

Hoje na Casa de Cultura Laura Alvin, em Ipanema, RJ, haverá uma homenagem para aquela que aos 21 anos foi a única mulher a participar do seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, a economista e socióloga Vera Sílvia Magalhães. A homenagem substituirá a tradicional missa de sétimo dia.

Vera Sílvia Magalhães foi retratada na minissérie “Anos Rebeldes” como a personagem de Cláudia Abreu e no filme “O que é isso, companheiro?” de Bruno Barreto, baseado no livro de Fernando Gabeira.

Na juventude, bela e inteligente, Vera “despedaçava o coração” dos companheiros de guerrilha. Em 1968, aos 20 anos, a menina de classe média alta do Rio de Janeiro ingressou na luta armada contra a ditadura militar e se engajou no Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8), que foi uma dissidência do PCB. Vera treinava tiro, roubava carros e assaltava supermercados e bancos.

Vera tinha sangue-frio, em conversa com o segurança da embaixada americana extraiu todas as informações necessárias para a ação. “Quando nosso aparelho foi descoberto, ela deu cobertura a todos com seu 38. Depois, com a arma vazia, rendeu um táxi e fugiu”, lembra o jornalista Cid Benjamin. Dias depois, quando fazia panfletagem numa favela do Rio, levou um tiro na cabeça e foi presa. Mesmo torturada, não entregou os companheiros. “Falar eu não falava, assim como não lambia parede, embora eles quase tenham arrancado minha língua fora”, contou Vera numa entrevista.

Incluída entre os 40 presos que foram trocados pela libertação de um embaixador alemão, Vera deixou o país em junho de 1970 em cadeira de rodas. Tivera os movimentos severamente prejudicados em sucessivas sessões de tortura sofridas durante meses na Polícia do Exército.
Só voltou depois da anistia, em 1979. Morou a maior parte do tempo em Paris e estudou na Sorbonne, onde foi aluna de Fernando Henrique Cardoso. “Como aquele marxista pôde se transformar no neoliberal de hoje? Ele não era democrático, não deixava os alunos falar.”
Vera foi casada com o atual deputado Fernando Gabeira, casou ainda mais quatro vezes e teve um filho, Felipe, de 24 anos. Trabalhou no governo do Rio, mas se aposentou por invalidez. “Destruíram minha saúde física e mental, mas me sobrou o principal, que é o sentido humano, ético e político”, disse.

Em 2002, por decisão da 23ª Vara Federal do Rio, Vera Sílvia foi a primeira brasileira a receber pensão da União como reparação por tortura. A pensão de Vera foi de 20 salários mínimos – R$ 4 mil. Até então, indenizações desse tipo só tinham sido pagas a famílias de mortos. Vera Sílvia levou 30 anos para entrar na Justiça. “É difícil transformar sofrimento em dinheiro. A maioria de meus companheiros não pediu. Mas meus problemas de saúde exigiram”, disse Vera, que enfrentou crises psicóticas, problemas renais e câncer. Perdeu ainda a firmeza das pernas e, pelo excesso de medicamentos, tem problemas nos dentes e na salivação.

Entrevistada alguns anos atrás ela disse que se pudesse recuar no tempo, não teria optado por ações armadas como forma de enfrentar a ditadura:
- Nosso grande erro foi querer fazer uma revolução num momento conjuntural favorável à direita, tentar mudar o país com ações de guerrilha, mas sem os instrumentos necessários. O melhor teria sido optar pela resistência política, mesmo sabendo que os militares também nos prenderiam e nos torturariam por isso - analisou Vera Silvia. Os instrumentos mencionados por Vera seriam, essencialmente, o apoio popular, o aperfeiçoamento estratégico das organizações e o arsenal bélico.

- Tínhamos pouquíssimas armas. A Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) é que tinha armas boas, porque Carlos Lamarca roubara do Exército. A gente ia com um revólver 38 e com a coragem. E havia uma coisa bonita naquele sentimento de transformação radical da sociedade. Mas nem sequer chegamos à luta armada. Fizemos ações armadas. Não havia uma estratégia comum nem comando único. Não houve planejamento de guerrilha urbana ou rural no Brasil. Eram cerca de 50 organizações entregues a ações esparsas e fragmentadas – observou.

Para Vera, mesmo que os integrantes da luta armada unissem forças e consolidassem a estratégia, ainda assim seriam insuficientes comparados ao poderio das Forças Armadas.

- Não queríamos apenas resistir à ditadura, mas fazer uma revolução socialista. As classes fundamentais que fazem esse tipo de revolução são o campesinato e o operariado, normalmente massacrados pelo arrocho salarial. A classe média não faz revolução sozinha. Ela cria a vanguarda, mas vanguarda isolada se destrói pelas forças opostas. Naquele momento, até a classe média apoiava o golpe. Apostávamos na idéia de que um modelo econômico baseado no arrocho salarial aumentaria a insatisfação do povo, a resistência operária e da classe média. É claro que não. Havia o arrocho salarial, mas sem inflação, já que o governo dava subsídios e o FMI injetava muito dinheiro no Brasil. Era a estratégia dos governantes. A classe média conseguiu comprar a sua casinha e o operário passou a viver um pouco melhor. Portanto, não havia interesse para aquelas pessoas, pelo menos momentaneamente, em acabar com o regime.

Vera morreu aos 58 anos, em um de seus depoimentos, recolhidos nos arquivos do Jornal do Brasil, ela afirmou sobre a decisão pela luta armada, no final dos anos 60:
- O AI-5 acabou com os nossos diretórios e expulsou nossas lideranças das faculdades. Nos sentimos encurralados. Não dava para simplesmente irmos para o MDB. Éramos marxistas. Foi então que decidimos pela luta armada. Do socialismo daquela época, desisti. Mas não desisti da utopia, dos meus sonhos de que o mundo se torne melhor, com um mínimo de igualdade.

Para Vera Silvia, a menina que aos 11 anos ganhou de presente de um tio um livro que influenciaria toda a sua vida, o "Manifesto do Partido Comunista", de Marx e Engels, e após a leitura decidiu se desfazer de todos os seus bens, a começar pelas bonecas; para essa menina que um dia lutou um sonho que devia ser de todos, o sonho de um Brasil justo e livre, para ela desejo muita paz e estrelas no céu...




sábado, 8 de dezembro de 2007

Ocas – Organização Civil de Ação Social



Revista Ocas" pode sair das ruas

Você que circula pelos pontos culturais do Rio e São Paulo, certamente já viu um vendedor da revista Ocas". Há alguns anos, a Ocas" – Organização Civil de Ação Social - trabalha ativamente pela reinserção social de pessoas em situação de rua, através da venda de suas edições. A Ocas" é mensal e tem sua linha editorial voltada para cultura e política.

A situação financeira do projeto é instável e a revista só continua nas ruas graças à gráfica, que não cobra a impressão desde o final de 2004. Caso a revista acabe, cerca de 50 pessoas em situação de rua, que são os beneficiários diretos do projeto, serão prejudicados. Eles têm renda média de R$ 200 mensais vendendo a revista em pontos culturais. Alguns chegam a garantir, por mês, até R$ 800 através do projeto.

No caso da Ocas", o cidadão em situação de rua compra as revistas a R$ 1 e vende a R$ 3, ficando com o lucro, mas comprometendo-se a seguir normas na comercialização, como não vender drogado, com crianças, etc. Se for denunciado, ele perde o direito de vender a revista.

A única fonte de renda da OCAS" é o valor pago pelos vendedores por cada exemplar da revista e eventuais anunciantes e doações, e eles ainda fazem Oficinas de Criação com pessoas de rua, quase sempre descobrindo um novo talento no desenho, no texto e até no cinema. Com a criação de vínculos dá para compreender as necessidades mais urgentes de cada um, como a falta de documentos ou tratamento para dependência química, e encaminhar uma saída pela rede de parceiros do terceiro setor.

A idéia da revista veio de Londres na bagagem do publicitário Luciano Rocco. Morando na capital inglesa, ele conheceu a mais famosa das 55 revistas da International Network of Street Newspapers (Rede Internacional de Publicações de Rua): a The Big Issue. Criada em ä 1991, ela se tornou um fenômeno editorial no Reino Unido, com tiragem superior a 200 mil exemplares por semana. E plantou similares pelo mundo. Em 2002, Luciano e um grupo de voluntários conseguiram botar o primeiro número da versão brasileira nas ruas.

A idéia é que a venda de OCAS" seja apenas uma ponte da exclusão para a inclusão. "Nosso sonho é não precisar mais existir", diz Luciano.

Para mais informações sobre patrocínio ou doação, o telefone decontato é 9139-4449, com Guilherme, ou pelo e-mail ocas@ocas.org.br.Se o interesse for publicar anúncios na revista, o contatopublicitário é Nobuco Soga. O e-mail é nobu.soga@terra.com.br.

Interessados em trabalhar em atividades da OCAS" como voluntário podem escrever para voluntarios@ocas.org.br.

Doações ao projeto podem ser depositadas no Banco do Brasil - Agência Fátima - Rio 3118-6 - conta 14313-8




segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Adeus Heloneida Studart



Jornalista, escritora, política, feminista e mãe(de seis filhos todos do sexo masculino), Heloneida nasceu em Fortaleza, Estado do Ceará, atuou como deputada na Alerj por seis mandatos. Ela foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil e em 1975, criou o Centro da Mulher Brasileira (CMB), uma das primeiras entidades feministas do país que defendia o direito das mulheres na época da Ditadura.
Heloneida participou do chamado "Lobby do Batom", que defendeu os direitos trabalhistas das mulheres, como os 120 dias de licença-maternidade. Este ano, Heloneida foi nomeada diretora do Centro Cultural da Alerj e do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Rio.
No livro Mulheres brasileiras, da Editora Record, Heloneida Studart foi indicada como uma das 100 brasileiras mais importantes do século XX. Mais recentemente, a Fundação de Mulheres Suíças escolheu 1.000 mulheres para concorrerem ao prêmio Nobel da Paz. Dentre elas, 52 eram brasileiras; e a jornalista cearense estava entre elas.
A ex-deputada estadual, 75 anos, morreu às 8h30 desta segunda-feira (3), de parada cardíaca, na Casa de Saúde São José, no Humaitá, RJ.



domingo, 2 de dezembro de 2007

Estudando a gramática


Ando meio sem tempo para postar pois estou estudando por esses dias.
Mas mesmo assim fiquei tentada a brincar com as palavras um pouco e
assim dar trato a bola e mote pras idéias...por isso voltei ao blog.
Nas minhas pesquisas e estudo deparei-me com um texto singelo que tem uso
pedagógico no emprego do s ou z. Achei ele um mimo...e eficaz para quem troca
tais letras no emprego das palavras:
Coser e Cozer.

Quem cose pano ou fazenda também borda e também tece;
Por isso, bom é que aprenda a escrever cose com s.
E também há-de escrever com um s bem torcido
não só o verbo coser como a palavra cosido.
Mas quem cozer um legume há-de saber
o porquê de o cozer, com água e lume,
se escrever sempre com z.
Cose com agulha e linha e com s a costureira,
mas só coze, na cozinha, com um z, a cozinheira.

AGUILAR, Irondino Teixeira, Aprender a Brincar, Porto Editora, 2ª edição