sexta-feira, 3 de julho de 2009

Pina Bausch

Que absurdo, só hoje é que fui saber que Pina Bausch morreu!
Tenho andado envolvida com tantas coisas que não soube que no dia 30 de junho, aos 68 anos, cinco dias depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro, Pina partiu com seus pés de bailarina. Pensando nela, na transcendência que sua arte alcançava, tudo fica meio turvo...
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“O que faço não é uma arte nem uma ciência, é a vida".
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Philippine Bausch, que o mundo conhece como Pina Bausch, nasceu em 1940 na pequena cidade alemã de Solingen e começou a ter aulas de ballet ainda em criança. Mas ela dizia que mais que as aulas de ballet, a observação dos clientes do pequeno hotel, que seu pai era proprietário, tinham sido fundamentais para o que viria a ser o seu percurso artístico. Pina costumava permanecer acordada até tarde da noite e passava boa parte do tempo sob as mesas do café-restaurante.



Em 1968, Pina Bausch estreiou como coreógrafa. Um momento decisivo da sua carreira chegou em 1973, quando foi convidada a dirigir a Companhia de Bailado do Teatro de Wuppertal. Foram anos difíceis. Pina chocou o público e até os próprios intérpretes com peças onde os bailarinos podiam correr pelo palco, falar, gritar, ou repetir o mesmo movimento até à exaustão. Os espectadores deixavam a sala batendo as portas e a crítica dizia que aquilo não era dança. Mas Pina seguiu determinada com a sua linguagem, mesmo quando era rejeitada no mundo da dança e das artes. E essa coragem e integridade fizeram com que Pina Bausch se tornasse um dos nomes mais respeitados da dança contemporânea, e também uma artista de grande público, que enchia os teatros do mundo e uma das artistas alemãs de maior renome internacional.
Figura maior da dança expressionista alemã Pina Bausch era tímida, o que não a impediu de fazer uma enorme ruptura no mundo da dança. Aliás, afirmou certa vez sobre a sua juventude "adorava dançar porque tinha medo de falar".

3 comentários:

Francisco Sobreira disse...

E eu, Lili, só agora estou sabendo da morte dessa grande bailarina. Uma pena, mas assim é a vida. Um beijo.

Anônimo disse...

Não conheci o trabalho de Pina bausch, mas gostei de saber desses detalhes.
Mauro P.

Anônimo disse...

Vim pelo título da postagem. Eu já vi uma obra dela e foi muito emocionante.Jamis me esquecerei daquela sensação que tive.
Abraço
Maiana Marques