Consta na capa da edição 34 da Revista Piauí:
"EXCLUSIVO! Nenhuma linha sobre Michael Jackson"
É um exercício no mínimo louvável não falar sobre algo que se ouve em quase todos os cantos do planeta...
Mas não posso deixar de registrar aqui que a música de Michael Jackson me acompanhou em todas as fases da minha vida. Desde os Jackson Five que meus irmãos ouviam no móvel vitrola que tínhamos na sala de jantar, a The Girl Is Mine, e Billie Jean cantada pelo Caetano Veloso ou por Michael.
Michael sempre foi de um talento fantástico seja cantando ou dançando. Foi um fulgor, uma estrela luminosa e as coisas que falavam ou inventavam dele, sobre essas eu nunca dei importância.O que me importava era sua música, seu estilo incomum e, consequentemente, a contribuição que deixou pro resto do mundo.
Cito um pequeno trecho do que Caetano Veloso escreveu sobre ele.
"(...)Como todo mundo, acompanhei Michael desde que ele era pequeno. Como todo mundo, fiquei siderado pelo cantor e dançarino de "Off the Wall" e "Thriller". Como todo mundo, fiquei entre fascinado, enojado e apreensivo diante das transformações físicas por que ele passou. O que quer que tenha havido entre ele e aqueles meninos cujos pais o processaram, acho-o moralmente superior a esses pais.
Michael é o anjo e o demônio da indústria cultural. A serpente do seu paraíso e seu mártir purificador. Os talentos artísticos extraordinários frequentemente coincidem com vidas torturadas e enigmáticas. Michael era um desses talentos imensos. Dançando "Billie Jean" na festa da Motown ele foi sim tão grande quanto Fred Astaire: comentava o Travolta de Saturday Night Fever e o Bob Fosse do Pequeno Príncipe (este, uma influência fortíssima e evidente, que nunca vi mencionada)."
Parabéns pra revista Piauí por ter conseguido não citar uma linha sobre Michael Jackson: Eu não consegui essa façanha.
2 comentários:
lili, como eu comentei no blog, estou lendo os blogs amigos aos poucos, retomando a rotina.
eu não falei de michael jackson no blog!
hahhahaha nenhuma linha sobre Michael J.! E nada na TV também! Pelo amor de Michael Jackson!
Um abraco,
Mauro P.
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